Matéria sobre o show que o Fall Out Boy fez em Birmingham, na Inglaterra, no dia 16 de março.
Fall Out Boy se espelhou nos sentimentos recentes do vocalista do Arctic Monkeys Alex Turner enquanto provou que o rock and roll está vivo e passando bem no primeiro show da banda na cidade de Birmingham desde 2008. Com fãs conhecidos por serem apaixonados pela banda e os integrantes esbanjando energia em um Domingo à noite na NIA (National Indoor Arena, uma casa de shows local), eu estava esperançosa em ver uma das minhas bandas preferidas em um dos primeiros shows da primeira turnê da banda no Reino Unido em cinco anos.
A banda surgiu no palco com seu recente sucesso “The Phoenix” e usaram máscaras para se assemelharem ao vídeo clipe que passava no telão durante a apresentação. A energia, qualidade e atmosfera estavam em alto nível desde o início. Eu estava curiosa em saber como a banda iria equilibrar uma performance que agradasse os fãs ardorosos e ao mesmo tempo àqueles que passaram a curtir a banda após o lançamento do álbum “Save Rock And Roll”. E esse equilíbrio foi demonstrado com sucesso com as preferidas dos fãs “I Slept with Someone in Fall Out Boy and All I Got Was This Stupid Song Written About Me” e “A Little Less Sixteen Candles, a Little More Touch Me” sendo tocadas em sequência, repletas das letras ansiosas de Wentz e melodias afiadas.
Fall Out Boy é uma banda que é praticamente sinônima de hinos de pop punk que provocam o coro da plateia em massa. A reação a “This Ain’t A Scene, It’s an Arms Race” foi monumental, com toda a arena cantando o refrão a plenos pulmões. Continuando com a variação entre canções antigas e recentes, “Alone Together”, “Thriller” e “Death Valley” foram bem recebidas de imediato, com o reconhecimento dos fãs sempre presentes.
A base do gênero pop punk é composta de riffs de guitarra potentes, e nada é mais representativo disso do que a queridinha dos fãs “Sugar We’re Going Down”, que foi também cantada em coro pelos presentes. A combinação da recente e suave “Young Volcanoes” seguida pelo cover pesado de “Beat It” de Michael Jackson prova novamente o sucesso do FOB em reduzir a separação entre os dois grupos de fãs.
O verdadeiro ponto alto de um show sem falhas veio na forma de uma performance acústica surpresa. A entrevista de Iggy Pop de 1977 para o canal de televisão CBC apareceu no telão com o chefão do punk falando sobre o movimento punk rock. Enquanto isso, Patrick, Joe e Pete viajaram para um palco menor, no meio do que eles já estavam. O trio tocou dois dos sucessos antigos da banda, “Grand Theft Autumn” e “Nobody Puts Baby In The Corner”. A bela e distinta voz de Stump reverberou pela arena, provando seu valor que vai além de um simples vocalista. Enquanto o trio retornava ao palco principal, o baterista Andy Hurley iniciou um solo parecido com os de Travis Barker que serviu como uma boa transição para a próxima música, que foi recebida com aplausos.
“Dance Dance” e “My Songs Know What You Did In The Dark”, outras duas canções que aparentemente se tornaram hinos com mais trechos para o público cantar junto, mostraram ainda mais o vigor da banda, que manteve uma apresentação de alta qualidade com os vocais acima da média de Stump. A combinação de antigo e novo continuou com as conhecidas “I Don’t Care” e “Just One Yesterday” sendo tocadas entre os sucessos. Não que alguém tenha percebido ou se importado.
O bis começou com a faixa título do álbum de estúdio mais recente “Save Rock And Roll” e foi outro ponto alto do show, com homenagens sendo prestadas no telão a figuras importantes do rock como Beatles e Nirvana. Um ponto que esteve presente durante todo o show foi a inclusão do rock, como o baixista Pete Wentz comentou antes de “Alone Together” que “o punk rock nunca te deixará sozinho” e antes de “Death Valley” ele falou sobre se apaixonar por pessoas que são consideradas “manchas e farpas por baixo desse mundo maldito”. O verso final da faixa título do álbum “oh no, we won’t go ‘cause we don’t know when to quit” ecoou esse sentimento, com todos os membros da banda cantando em coro. Terminando o show com “Thnks Fr Th Mmrs” e “Saturday”, o Fall Out Boy encerrou com o que eles sabem fazer de melhor, enquanto eles voltavam as raizes do pop punk e agradeceram os fãs pela presença mais uma vez.
A variação de músicas durante o show demonstrou a mudança da indústria da música, não apenas durante o hiato da banda, mas a mudança que irá continuar a acontecer. Os tempos das costeletas de Patrick e do delineador de Pete já estão no passado há muito tempo, mas a essência do Fall Out Boy está mais forte do que nunca como eles provaram a si próprios, para a surpresa de muitos, que são uma banda em constante inovação e progresso ao mesmo tempo mantendo um nível excepcional de qualidade.
Fonte:Theboar
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