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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pete Wentz é o último verdadeiro punk



Aqui vai uma lista de coisas sobre o Pete Wentz que você não sabia: ele tem uma corrente Roc-A-Fella pessoalmente dada para ele pelo Jay-Z (em tamanho feminino, explicou ele, ou então ele teria ficado estranho), ouve Future, tocou baixo em uma proeminente banda vegana-straighedge, nacionalista-negra power-violence/harcore chamada Racetraitor (“Sim, nós éramos políticos, muito políticos”, Wentz disse quando falei sobre eles), e Colin Powell é seu tio avô. Em outras palavras, o cara do Fall Out Boy é legal pra cacete e tem sido assim desde sempre – você só não notou porque não estava prestando atenção.

Aos 33 anos, o baixista do Fall Out Boy, letrista, principal porta-voz e líder ideológico entende totalmente seu papel na cultura popular. Ele é o cara louco e audacioso o suficiente para fazer rock and roll que é grande e desafiadora o suficiente para encher um estádio e ele é teimoso o suficiente para fazer isso sem seus próprios termos. Wentz faz um caso para Fall Out Boy como uma entidade importante no punk, atuando como um ponto de entrada mainstream para chegar a porcarias mais underground. E para cada mil pessoas que talvez escutem Fall Out Boy e não vão tão fundo no punk, eu garanto a você que tem sempre alguém que acha as mesmas bandas que Pete Wentz cresceu amando e teve sua vida inteira modificada. Isso é o que Pete Wentz faz. Mesmo que eles imediatamente neguem ter ouvido Fall Out Boy no processo. Ele também entende que não tem muitas pessoas que vão entender isso: para muitas pessoas ele é apenas aquele babaca histriônico que usa lápis de olho e o moletom da sua namorada, reclamando em voz alta sobre o quanto ser famoso é uma droga. Mas Pete Wentz não é mais aquele cara. Ele tem um filho de quatro anos. A mansão não é mais palaciana. Ele não alisa os cabelos ou usa maquiagem e seus jeans não abraçam mais suas bolas. Para resumir, Pete Wentz é finalmente um adulto.

O novo álbum do Fall Out Boy, “Save Rock And Roll” não parece nada com o que a banda já havia feito. Onde seus dois primeiros álbuns foram inspirados por grupos como o Saves The Day e Green Day e os outros dois, mesmo sendo brilhantes, pareciam estar trabalhando uma jornada tripla para provar para alguém, para qualquer um, que o Fall Out Boy era uma banda de rock importante. O “Save Rock And Roll” tem o som da banda que finalmente não dá a mínima sobre o que você pensa e é incrível. Wentz e eu tivemos uma conversa por telefone que durou quase uma hora na qual nós discutimos sobre seu crescimento pessoal, quão louco é ser famoso, e como alguém deixa de ser o cara da banda vegana-straighedge, nacionalista-negra power-violence/harcore e passa a ser o líder da maior banda da America.

Eu tenho uma teoria – que se o Fall Out Boy tivesse se formado dois anos mais tarde em Nova York vocês seriam uma banda da moda e não uma banda emo, mas como saíram de Chicago foram apresentados de uma certa forma…
Eu acho que nós somos o tipo de banda que não está muito preocupado com o que os torna a banda deles. Ser sério e esse tipo de coisa, você meio que perde a ideia do porque você começou com tudo isso. Eu acho que uma das coisas que as pessoas podem se relacionar é que nós somos esses caras do centro oeste, mas, tipo, por alguma razão aparecemos no TRL. Nós não somos uma banda que foi formada por alguém. Foi uma coisa muito autentica. Eu entendo totalmente o que você quer dizer. Definitivamente existem algumas músicas do Yeah Yeah Yeahs que eu fico, “Esse é o tipo de coisa que o Fall Out Boy faria nesse ambiente”.

Como foi navegar no mundo das celebridades?
Foi louco. Teve muitos momentos nos quais eu nem entendia o que estava acontecendo. As pessoas estavam reagindo por causa de coisas que estavam acontecendo na minha vida e eu nem sabia o que estava acontecendo. Eu realmente não entendia o que causava tanta reação. Mas agora eu entendo. Você não pode se explicar. Eu ainda me sinto como um forasteiro, mas eu não era visto dessa forma. Eu era visto como parte do status quo, mas na minha cabeça eu me sentia diferente. Eu acho que a real perspectiva ficava no meio. Teve um momento em que eu senti que estava preso, onde eu pensava, “Legal, esse cara está pegando um jato para algum lugar, então eu acho que eu vou pegar seu jato com ele”. Era uma coisa estúpida que seria difícil para um cara de 20 anos dizer não. Eu acho que a coisa boa disso é que pavimentou o caminho que me trouxe ao que sou hoje. Eu ficava nervoso pelas menores coisas nos meus 20 anos. Eu tinha ansiedade sobre tudo. Tudo me incomodava. Eu só pensava, “Ah cara, as pessoas vão me odiar por isso”. Eu me preocupava demais com esse tipo de coisa.

Você acha que a banda sofreu por causa de todo o escrutínio público sobre você?
Provavelmente. Eu sempre disse e pensei que sim, mas ao mesmo tempo eu acho que nós provavelmente ficamos mais perseverantes por causa disso. Eu acho que isso nos forçou a ser uma banda melhor. Nós não estávamos sendo avaliados baseado na música, então isso nos forçou a fazer músicas que fossem realmente importantes para nós não só para andar de skate ouvindo-as. Isso também te deixa mais forte. As opiniões das pessoas sobre minhas roupas não importa. É muito mais fácil dizer isso aos 33 do que aos 23.

Há um desafio de ter vindo de uma cena extremamente íntegra e se tornar um membro da maior banda de rock dos Estados Unidos? Como conciliar esses dois mundos?
Nós tínhamos mais ambição. Eu acho que é legal para caras simplesmente saírem nos cantos dos festivais e tocarem o rock que eles querem tocar e não ligar para o mundo em geral. É uma coisa legal, eu gosto e adoro muitas dessas bandas. Mas para mim, é ultimamente muito mais difícil para nós fazermos isso num espaço pop público. Eu não acho que há comparação na música, mas tente olhar os rappers de mochila contra o Kanye West. É importante para o Kanye West existir, porque ele é uma porta de entrada para as pessoas encontrarem outras músicas. Para mim, sem o “Dookie” do Green Day, eu não acho que eu estaria nesse caminho, ouvindo The Descendents, The Misfits, Screeching Weasel, Judge e esse tipo de coisa. Foi definitivamente uma mudança difícil e ela aconteceu gradualmente, parecia que o interruptor foi apertado para o modo no qual as pessoas passaram a nos perceber da noite para o dia. Foi esse tipo, “Ai cacete, nós estamos no TRL e na Rolling Stone”. E então as pessoas ficaram putas por causa disso. Foi difícil e não há um bom manual para isso. De certa forma, aquele filme “Quase Famosos” é bastante real.

Teve alguém da cena de Chicago que ficou tipo, “Caralho, é o cara do Racetraitor na MTV?”
Nós ouvimos isso de vez em quando, eu acho. Eu acho que o Andy, nosso baterista, permanece firme com esses jovens da cena hardcore. Ele tocou bateria no Earth Crisis ano passado, o que é louco, porque era a banda que nós costumávamos dar mosh juntos em nossa sala de estar. Nosso primeiro show após a volta foi em Chicago e tinha muitos caras com barbas pulando do palco e coisas assim. Eu sei que nós somos um tipo de prazer com culpa para muitos desses jovens do hardcore. De vez em quando as pessoas ficam tipo, “Volte com o Racetraitor! Volte com o Arma Angelus!”. E eu fico tipo, “Ehhh, eu não acho que vocês iriam gostar dessas bandas…”. Talvez gostassem porque o Patrick estaria nelas agora, mas tanto faz. É tudo acidental. Eu estive em 50 ou 60 bandas em toda minha vida. Nenhuma delas realmente alcançou essa capacidade.

Qual a diferença com o Fall Out Boy que os fez decolar?
Eu não sei. Tem alguma coisa um pouquinho diferente, como a soma é maior do que as partes com o Fall Out Boy. Todos nós fizemos outras coisas e isso apenas… Muita gente me diz que meus projetos paralelos são muito menores e eu digo, “não, não, não. É o inverso. O Fall Out Boy que é muito maior”. É apenas esse selvagem, estranho bilhete de loteria. E eu acho que todo mundo que está na posição em que você está sendo pago para tocar rock, andar pelo mundo com seus amigos, passear e age como se não fosse divertido está mentindo para você. Qualquer um que age sombrio sobre isso está mentindo para você. Eu acho que essas pessoas voltam para seus quartos de hotel e dão risada sobre como eles estavam enganando todo mundo. Porque realmente é o melhor trabalho do mundo.


Você percebeu que esse era o melhor emprego do mundo durante a turnê do “Folie à Deux”?
Não, eu acho que não mesmo. Eu acho que ir de algo em que tudo está funcionando para algo em que nada está funcionando é uma realidade muito difícil. Faz com que você aprecie isso, na verdade. Faz com que você aprecie o que você fazia e porque você estava fazendo aquilo.

Existe alguma idade na qual você vai sentar com seu filho e entregar para ele uma cópia do “From Under The Cork Tree”?
Meu filho escuta o “Save Rock And Roll”, é o único que ele gosta. Eu acho que muita gente acha que eu sou aquele cara, eu não escuto Fall Out Boy. Eu não suporto ouvir. Eu fico obcecado enquanto estou trabalhando, mas assim que o álbum sai é como ouvir sua voz na secretária eletrônica e é tipo, “Whoa, é assim que minha voz soa? Isso é muito ruim”. É assim que é ouvir Fall Out Boy para mim, o que provavelmente é bom ou então eu seria uma pessoa super narcisista.

O que vocês têm escutado ultimamente?
Eu gosto muito do novo álbum do A$AP, eu gosto do novo álbum do Future, eu gosto de TNGHT. Eu gosto bastante de música pop e rock. Eu gosto muito de 1975. Eu acho que eles têm o potencial de serem enormes. Nós estávamos gravando um vídeo outra noite e tinha vários desses skatistas de 13 por lá. Eu acho interessante, tipo, falar com gente mais nova e eles gostam de música. Eles estavam falando sobre o Skrillex e então sobre Gym Class Heroes. Não era sobre o artista. Você pode sentir isso na música e como os festivais estão sendo marcados nisso tudo. Gênero é menos marcante agora.

Eu vi online que você tem parentesco com o Colin Powell. É verdade?
Sim, ele era meu tio avô. Eu o conheci perto de Desert Storm e naquela idade, eu estava lá e havia um grupo de grande fazendo propaganda para ele, tipo, trocando cartões e camisetas e coisas assim, e você era convencido de que era legal. Eu me lembro de perguntar para ele, “Poxa cara! Você vai usar bazucas?”. Eu nem posso imaginar, tipo, uau. Que coisa besta de se perguntar. Eu acho que de alguma forma eu tenho parentesco com o Malcolm Gladwell também. Eu não tenho certeza se direto, mas minha mãe me disse outro dia. Eu estava lendo um livro do Gladwell e minha mãe ficou tipo, “Ah sim, você é parente dele”.

Você lê sua página no Wikipédia?
Eu já fiz isso, mas não por muito tempo. Eu fiquei um pouco travado porque as pessoas ficavam mudando ela para dizer, “Pete Wentz morreu nesse final de semana”. E eu ficava tipo, “Oh, isso é estranho. Isso não aconteceu!”. Eu não olho mais ela, mas tem coisas lá que são meio nada a ver.

Você acha que celebridades mudam suas próprias páginas do Wikipédia?
Eu tenho certeza que elas têm que fazer isso. Eu vou ver ser consigo fazer isso hoje.

O 2 Chainz meio que vazou que vocês estavam gravando novamente no Instagram?
Ele definitivamente fez isso. Ele postou algo e disse, “Fall Out Boy featuring 2 Chainz” e eu fiquei tipo, “Bem, acho que vazou”. Mas as pessoas ficaram tipo, “Não, isso é muito doido”. O 2 Chainz é um cara muito legal.

Você ainda fala com as pessoas da antiga cena de Chicago?
Definitivamente. Eu falo com Jim Grimes. E falei com meu amigo Mani do Racetraitor. Muitas dessas pessoas cresceram, eu acho. The Lost Boys cresceram.

O punk é algo que você se livrou ao crescer?
Eu acho que para ter um filho e ter uma outra camada de sua vida, você não tem que não ser punk mais – eu esbarrei com o Toby do H20 e eles é super legal e continua super punk – eu acho que você tem que estar aberto para a ideia de que você tem que ter alguma responsabilidade. Ter responsabilidades não te faz deixar de ser punk. Tem algo meio triste sobre ter seus dias de glória tão distantes e constantemente reminiscentes ao invés de olhar para o futuro. Mas eu continuarei pulando do palco. Eu tenho 33. Eu sou velho.

Vamos dizer que o Greg Ginn te ligue e peça para ser o baixista no Black Flag. Como você responderia?
De que era?
Agora.Eu acho que não. Eu não ia querer interferir no legado deles. Muitas pessoas têm muitas tatuagens. Deveria ser Black Flag tocando Black Flag.

E se fosse os anos 1980 e você tivesse 18?
Seria meu trabalho dos sonhos. Seria o meu segundo desejo para o gênio, depois de eu ter pedido por desejos infinitos.

Se esse teria sido seu emprego dos sonhos, onde “Ser Pete Wentz” se encaixa?
Se você me perguntasse a mesma pergunta dez anos atrás, eu diria que eu estou com muitos problemas e muito incomodado por isso e que foi uma coisa difícil para lidar. Mas eu tenho uma vida ótima. Eu vivo no sul da Califórnia e posso fazer música, tenho um ótimo filho, eu acho que está tudo bom, cara. Eu acho que eu aceitei quem eu sou e onde eu me encaixo no mundo agora. “Ser Pete Wentz” não é um prazer com culpa para mim, não mais. Eu entendo muito mais o que foi toda aquela reação e eu entendo de onde veio tanto ódio. Eu acho que já superei aquela pessoa. Eu não preciso mais passar lápis no olho e ir ao, tipo, Ralphs. Algumas dessas coisas provavelmente vêm com a idade e algumas delas vêm com ser autentico com quem eu sou.

Ok, última pergunta. Alguém já te disse que o riff de “Sugar, We’re Going Down” meio que soa como o de “Higher” do Creed?
[risos] Essa é aquela música em que ele faz pose de Jesus no vídeo? Parece é? Eu não sei. Eu vou ouvir isso hoje. Se parecer mesmo eu vou colocar na minha página do Wikipédia.

fonte::Noisey

Um comentário:

Anônimo disse...

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