Não foi bem um ataque surpresa como Save Rock And Roll, mas o anúncio de 24 de novembro do Fall Out Boy sobre seu novo álbum, American Beauty/American Psycho (será lançado em 20 de janeiro pela Island/DCD2), e a estréia da carregada faixa-título do álbum, ainda foram uma surpresa muito agradável. Então, novamente, o quarteto – o vocalista/guitarrista Patrick Stump, o guitarrista Joe Trohman, o baixista Pete Wentz, e o baterista Andy Hurley – está praticamente de volta ao banco de motorista de sua carreira, alimentados pelo renascimento comercial impulsionado por Save Rock And Roll, a bem recebida Monumentour no último verão com o Paramore, e o som monstruoso de novas canções como “Immortals“, “Centuries” e a faixa título confusa do álbum – a habitual mistura de fluidos groove, riffs punk e a sensibilidade única do pop.
Alternative Press conversou com Pete Wentz por telefone apenas alguns dias antes do anúncio do álbum. Ele estava em sua casa em Los Angeles, embora relaxar provavelmente não estava nos planos. “Infelizmente, não mesmo”, diz ele. “Estamos tentando terminar o álbum. E eu tenho um bebê de 10 semanas de idade, que descansa em intervalos de duas horas”. Mas ele foi o seu eu normalmente filosófico conforme discutia sobre o lugar do Fall Out Boy na cena musical de hoje, sobre trabalhar com o produtor Jake Sinclair e o que está inspirando suas letras hoje em dia.
Vocês estão perto de terminar o novo álbum?
Nós estamos com 80 por cento do caminho feito. Nós temos um monte de músicas mixadas e masterizadas, mas há algumas músicas que ainda precisam ser terminadas, também. Temos tudo escrito. A fim de acertar o prazo de lançá-lo, temos que terminá-lo muito em breve aqui. [Risos]
Se está 80 por cento já feito, qual é a direção? Como ele está se parecendo?
Com Save Rock And Roll, fomos percebendo que a música – ou a maneira que você pode gravar música agora – é muito diferente de antes que tivemos a pausa. Eu acho que agora nós abraçamos isso totalmente. Também fomos ao redor do mundo: tocamos em festivais, pudemos tocar com diferentes artistas e meio que sentir essas influências. Eu acho que esse álbum, mais do que Save Rock And Roll, provavelmente vai ainda mais além das fronteiras. Enquanto “Centuries” e “Immortals” de Big Hero 6 poderiam cair em sintonia com onde estávamos com “My Songs Know What You Did In The Dark“, eu acho que o álbum como um todo vai um pouco mais longe.
Percebemos que, enquanto não estamos no escalão superior de atos como Foo Fighters, Paul McCartney, Coldplay – essas bandas que são claramente atos legados, elas são enormes, e todos as conhecem e sabem como elas soam – Eu acho que nós também não somos uma banda de arranque. Nós estamos em algum lugar ao longo disso, como o JV. Nosso objetivo – ou missão – é fazer com que o rock possa ser tocado em grandes lugares, mas também ser contemporâneo e poder ser ouvido no rádio. É um certo desafio fazer isso, porque eu sinto que… nos sentimos um pouco mais como em uma ilha. Eu sinto que quando começamos isso, havia um movimento de bandas, e agora parece que estamos sozinhos. Nós fizemos uma turnê este verão com o Paramore, que foi muito legal, porque eu sinto que temos alguns amigos com o mesmo pensamento. Mas, em geral, parece um pouco que estamos descobrindo isso em nossos próprios termos.
Fall Out Boy e Paramore são as duas bandas de rock que não têm medo de abraçar a música pop ou de ser consideradas pop. Eu acho que isso ainda é estranho para as pessoas.
Certo. É difícil de engolir para as pessoas, mais ou menos. Mas há partes de mim que querem ser tipo, “Sim, mas o Guns N’ Roses foi uma banda pop,” você sabe o que eu estou dizendo? Led Zeppelin foi uma banda pop. Eles não são lembrados assim na história, mas essa é a forma como eles foram tocados no rádio, e é assim que os seus fãs eram. Desta forma que estádios eram esgotados. Para mim, a fim de influenciar a cultura pop e de mudar a maneira do que estamos fazendo – do que todos nós estamos fazendo – você precisa estar em algum tipo de lugar como esse e olhar para ele nesses termos. Kanye West não vai ser capaz de mudar a arte da maneira que ele tem feito sem estar envolvido na arte pop. É exatamente disso que se trata, simplesmente. É um dilema. É um pouco estranho para nós, porque eu sinto que, por um lado fazemos isso e precisamos fazer isso, e ser culturalmente relevante é importante. Mas o nosso legado é importante para nós, também. Estamos nesta banda há 12 ou 13 anos. É como lutar guerras em duas vertentes, mais ou menos.
Com quais produtores específicos vocês trabalharam, e há alguma participação confirmada no álbum?
Temos trabalhado na maior parte com esse cara, Jake Sinclair. Ele trabalhou um pouco com a gente no último álbum – ou muito no último álbum – e ele estava co-produzindo com Butch Walker. Nós trabalhamos com Butch Walker, também. Depois, há uma ou duas músicas que ainda não terminamos que são com produtores diferentes, e eles não terminaram ainda, então não quero afirmar isso.
Quanto aos convidados, não temos nenhum convidado previsto ainda. Mas nós temos falado sobre isso. Com o Fall Out Boy, é sempre tipo, como as canções serão mais beneficiadas pelos convidados? Porque de vez em quando, nosso selo ou gerente vem dizer tipo “É, se você fizer isso com essa pessoa, será blah blah blah”, como se fosse um problema de matemática ou algo assim. Mas não é desta forma como a nossa banda realmente já funcionou. Nós temos falado sobre isso; ninguém com quem temos trabalhado antes, no entanto, ou qualquer coisa assim. Ninguém estabeleceu nada ainda. Talvez não haverá convidados.
O que vocês tem gostado mais sobre trabalhar com Jake? O que ele trouxe para a música?
Nós somos uma banda que sempre faz muito de tudo. Nós sempre fomos uma banda que quer muitas faixas de guitarra e Patrick quer fazer muitas faixas vocais, e eu quero amontoar muitas sílabas. Ele nos ajudou a conseguir um pouco mais de espaço para respirar. E ao mesmo tempo, ele nos ajudou a entender… A forma como a música contemporânea, seja eletrônica ou pop ou hip-hop ou rock, a forma como é feita é bem mais fragmentada. Ele nos ajudou a perceber que podemos gravar partes que são essenciais para demos em nosso laptop, e que são capazes de chegar ao produto final. É interessante; é meio que como mostrar a homens das cavernas como usar uma máquina de café expresso. Ficamos tipo, “Uau, isso é legal, isso é incrível! Eu nem sequer sabia realmente sobre café”.
Toda aquela coisa toda sobre 'pop vs. rock' novamente – é um conceito estranho, exótico para muita gente, ser capaz de dizer “Uau, eu realmente posso fazer isso”. É uma mentalidade diferente e uma forma diferente de trabalhar.
Para mim, é uma pena; há um monte de bandas de rock que têm determinado – ou decidido – que o rock ‘n’ roll é essa coisa onde você arranja sons de guitarra por três semanas e você tem que gravar dessa forma e tem que soar assim. Para mim, isso é antiquado, e para mim isso também não é rock ‘n’ roll. Porque o rock ‘n’ roll é esta ideia progressiva, com espaço para ser perigosa e futurista. Achar que esta é a ideia que tem que ser definida, é simplesmente como não só não fazê-la perigosa, mas essa coisa pouco curiosa. Não é o que isso é para mim. Cercar-se nesta pequena área e acorrentar-se a casinha do cachorro nunca foi o que eu achei que o rock era.
Tendo isso em conta: Liricamente, que direção esse álbum está seguindo?
Em Save Rock And Roll, houve um tema geral que estávamos lidando. Eu sinto como se fosse um álbum bastante positivo. Eu tive perspectiva o bastante sobre a minha vida pessoal para escrever um pouco mais sobre isso. Eu não acho que fiz isso tanto em Save Rock And Roll. Acho que isso é algo que eu realmente queria fazer. Eu também acho que, além disso, há essas coisas que eu vi acontecerem – seja o que aconteceu com Ferguson, Missouri, e coisas assim – que eu realmente não me sinto confortável abordando em mídias sociais. Algumas vezes, eu já as abordei no palco e outras coisas. Mas há coisas que ainda são aquilo, como um artista que tem uma plataforma, há certas coisas que, se você acreditar, você deve dizer. Eu acho que um pouco disso se encontrará nas letras. Nós não somos uma banda política. Eu amo bandas políticas; Eu sou um bom amigo de Tim [McIlrath] do Rise Against, e eu gosto de Rage Against The Machine. Mas nós sempre fizemos isso tipo quando falamos sobre essas coisas, de formas mais sutis; Eu não sou o tipo de cara que te faz engolir isso ou qualquer coisa assim. Isso virá a tona. Mais do que tudo, eu acho que este álbum tem mais perspectiva do que Save Rock And Roll.
Há alguma coisa nesse álbum que vai surpreender as pessoas? Algo inesperado?
Eu acho que sim. Eu acho que haverá uma ou duas canções fora do nosso som que irão surpreender as pessoas. Mas não quero entregar o jogo e deixar as pessoas saberem que essas coisas diferentes estão vindo. Não quero que isso cresça e vire algo muito importante antes do momento certo.
Fonte:Alternative Press
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Pete Wentz conta detalhes do novo álbum 'American Beauty/American Psycho'!
American Beauty/American Psycho
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Um comentário:
Que medo desse novo CD, que medo.
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