Pete Wentz e Andy Hurley falam sobre Larry David, letras de música,Star Wars,entrevistas de TV, tatuagens e hip-hop
Como Pete Wentz diz, Fall Out Boy é a última banda no cenário do rock que não vê o pop como um palavrão.
Uma banda que realmente divide opiniões, eles sobreviveram a turnês gigantes em enormes arenas, ansiedade incapacitante, divórcio, brigas internas, aclamação da crítica e resenhas ferozes, e também a uma imprecisa etiqueta de “emo” que eles não merecem. Contudo, relaxando na suíte do Lanham Hotel localizado em Mayfair (distrito de Londres), o baixista Pete Wentz e o baterista Andy Hurley estão de bom humor.
Esse certamente é um motivo para comemorar. Estamos aqui para falar de American Beauty/American Psycho, o último lançamento de álbuns do Fall Out Boy e que comprovam sua habilidade para surpreender sempre.
Uma celebração barulhenta com piadas inteligentes e ganchos em abundância, parece que o álbum mira o topo das paradas essa semana. Para marcar o lançamento, o Gigwise conversou com a dupla sobre filmes, o novo single que agitou opiniões e o porque de eles estarem encantados ao saber que a Cara Delevingne é uma fã da banda.
G: Morrissey disse uma vez que se arrependia de ter rimado “máscara” com “guitarra da Fender”. Tem alguma letra da qual você se arrependa?
Pete Wentz: Tem esse álbum que nós fizemos chamado Evening Out With Your Girlfriend e lá tem muitas letras lamentáveis para mencionar. Tem uma música chamada “Short, Fast and Loud”. Acho que a letra era “Good God I wish I was tall” (bom Deus, eu queria ser alto). Simplesmente parece que isso foi um pouco literal demais e um pouco ruim demais. Eu não quero jogá-lo embaixo de um ônibus nem nada, só que acho que Patrick deve ter escrito isso… Mas também pode ser que tenha sido eu.
Também tem essa gravação, Infinity On High [de 2007] e o mundo começou a se mover muito rápido. Vôos por toda parte, coisas a fazer todo dia: eu escrevi sobre escrever músicas nesse álbum! Ainda me impressiona como alguém pode se identificar com qualquer coisa nesse álbum porque ele soa muito estranho.
G: Vocês têm alguma letra favorita em toda a história do Fall Out Boy?
Pete: tem essa letra na música de Folie à Deux: (“Hell or Glory/I don’t want anything in between/Then came a baby boy with long eyelashes/And daddy said ‘you’ve got to show the world the thunder”) (Inferno ou Glória/Eu não quero nada que esteja entre os dois...Mas aí veio um garotinho com longos cílios/E o papai disse ‘você tem que mostrar o mundo, o trovão’). Eu me sinto genuíno sobre isso, sobre meu filho que agora tem seis anos de idade – é uma letra cheia de significado pra mim. Provavelmente não é significativa pra mais ninguém porque é uma música alternativa.
Andy Hurley: a única letra na minha vida que me capturou foi “I Am Straight Edge”. É uma música do Earth Crisis. De resto, não ligo para letras de músicas.
G: Vocês conseguem se lembrar de alguma resenha particularmente ruim sobre o Fall Out Boy?
Pete: Não consigo me lembrar delas em específico, mas têm algumas que passam a ideia de “vamos esmagar esses caras”. Elas começam com um “blá blá blá, esse álbum foi lançado… E vocês viram a merda que esse cara estava vestindo? Ele ainda se chama de homem!” Mais essas resenhas insanas que não são sobre as gravações. Essas resenhas são sobre sua opinião sobre a gente, ou a sua percepção particular sobre a gente.
Aquelas que eu sempre achei mais engraçadas eram as que deveriam ser uma resenha e se viravam para minha vida particular. O engraçado é que escrevi sobre isso! Em Infinity On High, na nossa maior música – “Thnks Fr th Mmrs” – na ponte da música há os versos: “They say/I only think in the form of crunching numbers/In hotel rooms/Collecting page six lovers/Get me out of my mind” (Eles dizem que eu só penso/Na forma de cálculos numéricos/Em quartos de hotel/Colecionando amantes dos classificados). Eu neutralizei isso (a acusação)! Ou fiz uma tentativa de neutralizar. Isso sempre me deixa intrigado – mas é a natureza da coisa. Eu penso na citação do Morrissey: “Para acreditar nas resenhas boas sobre você ao lê-las, você tem que olhar para as ruins e acreditar nelas também.” Eu tento afrontar a regra de Morrissey e não ler nenhuma delas e, secretamente, ler todas.
G: Vocês agora estão acostumados a lidar com as críticas dos fãs que reclamam que um álbum não se parece com o anterior?
Pete: Eu acho que quanto mais eu tento responder a essa questão de uma certa forma, lembro de ficar louco. As pessoas surtaram quando o Metallica cortou o cabelo! É difícil ser um fã porque a pessoa de quem você é fã quer que você se apaixone por algo. Então você se apaixona loucamente por esse algo e tem que estar lá todos os shows – e aí o algo muda! E é difícil.
A natureza de ser um artista que está envolvido na cultura pop é que você tem que empurrar um pouco os limites para fazer algo ótimo ou para que sua forma de arte evolua. “Guardiões da Galáxia” expandiu os limites! Alguns apenas expandem mais os limites do que outros.
Lançamos essa música “Centuries” e então imediatamente nossa etiqueta/administração/conglomerado que toma 20% do nosso dinheiro disse “vamos lançar ‘Irresistible’ a seguir. Será um ótimo destaque duplo.” Fiquei tipo: “eu não sei. Parece um pouco óbvio.” Sentimos que quando se chega nesse ponto no qual o GPS está ligado, deveríamos pegar a direita ao invés da esquerda.
Então lançamos American Beauty/American Psycho. E foi verdadeiramente polarizador. Teve gente que disse “Eu amei, ficou incrível! Estou totalmente dentro!” E então tiveram outras pessoas que nos perguntaram se podiam vomitar na gente através de e-mail. E isso é legal porque é isso que a arte deveria fazer. Espera-se que ela te faça sentir algo. Se não está te fazendo sentir alguma coisa, é sinal de que você está fazendo arte errado. E então você está jogando muito na zona de conforto.
Por mim, eu gostaria de explicar para o meu “eu mais novo”: você sempre vai ter essas gravações que já existem. Assim como – e estamos falando sobre o Morrissey de novo– acredito que se Morrissey e Johnny Marr voltassem a tocar juntos, isso talvez não fosse tão mágico quanto você poderia se lembrar.
Porque para as coisas certas, no momento certo – quem você é, e quando você ouve e sente algo – um retrocesso pode ser muito perigoso para seu próprio legado. Porque você pode arruinar tudo! Você volta atrás e grava o álbum punk ou o álbum de speed metal depois de já ter aprendido a tocar seus instrumentos? De repente pode soar bem diferente.
Andy: eu sinto que o ponto principal do qual temos que partir é que momentos não duram para sempre. Então o objetivo é criar novos momentos. Você não pode viver em um momento que já teve. Você tem que continuar tendo novas aventuras. Isso é arte. E isso é vida.
G: Andy, você é um apreciador de café. Tem algum que você gostaria que as pessoas não pedissem?
Andy: Não tem nada que eu ache fora de questão: eu peço um daqueles Desert horríveis no Starbucks se estou num aeroporto e isso for tudo que tiver por lá. Porque eu não vou beber o café preto do Starbucks: não é lá muito bom.
Pete: E lá se vai nosso patrocínio do Starbucks!
Andy: Starbucks é ótimo! [risos] Mas enquanto estou nesse hotel especificamente, vou para esse lugar na rua Wardour: eles sempre tem um café muito bom e bons baristas lá. Eu realmente gostei do Nicaragua deles nessa viagem. Tem tanto café bom por aí.
G: Que conselho vocês dariam para alguém que vai fazer uma tatuagem?
Pete: Meu conselho é de que você deve refletir bastante e por um bom tempo, porque você não terá essa tatuagem apenas quando tiver 30 anos, vai tê-la também quando tiver 60. Deveria ser algo significativo de alguma forma. Será uma parte permanente de você. Eu definitivamente tomei decisões quando tinha 15 ou 16 anos pensando: “Eu não estarei por aí quando tiver 30, então está tudo bem”. Mas você vai estar. Então pense direito nisso.
Andy: eu ia dizer o contrário. Pra mim você deveria fazer algo significativo, mas deveria ser mais significativo ainda naquele momento. Meu melhor conselho é achar um artista do qual você goste e então deixá-lo fazer a arte dele. É isso que dura mais: tenho tatuagens que significam coisas de relacionamentos nos quais estive e com os quais não daria para eu me importar menos, e agora elas não tem significado pra mim. Ter ido a um bom artista, sinto que é isso que vai durar mais tempo. Elas ainda estão boas.
G: Descrevam o pior trabalho da vida de vocês.
Pete: Se voltamos aos primeiros dias, houve uma tonelada de piores shows – onde não havia literalmente ninguém no show ou nós aparecíamos e eles não tinham nem mesmo um sistema de sonorização.
O momento mais estranho em um longo tempo foi quando estávamos tocando na arena em Manchester, ano passado. Estávamos usando pontos auriculares, e com eles você só pode ouvir realmente o que está tocando. Mas de repente você pode dizer quando algo não está funcionando – comecei a ver olhares estranhos na cara das pessoas e então você sente que o chão parou de vibrar, o que significa que as caixas de som e os amplificadores não estão fazendo nada. De repente as crianças não estão cantando com a gente e eu fico tipo “Puta merda, que porra está acontecendo?” Tiro meu ponto do ouvido e tudo que se pode ouvir é a bateria. O sistema de sonorização inteiro se foi.
Quando o sistema de sonorização inteiro se vai em plena arena, o Patrick fica tipo “Vou tocar violão”. Eu fiquei tipo “Cara: são 12 mil pessoas. Literalmente só as 50 primeiras vão conseguir ouvir.” Estamos tentando gritar para os jovens, e eles pensam que nós estamos tentando cancelar o show enquanto estamos no palco – e não há monitores para se virarem e enfrentar o público. Então por três minutos o show deu errado. Então o sistema ficou online de novo e conseguimos terminar de tocar. Estava tudo bem quando estávamos tocando para 12 pessoas e algo realmente dava errado… Mas quando isso acontece em shows muito grandes pode ser bem complicado.
G: Vocês tiveram um hiato de três anos. Como foi o primeiro show, com todos vocês tocando juntos de novo, logo depois dele?
Pete: O primeiro ensaio depois do hiato foi bem duro. É como quando Brendan Fraser aparece a primeira vez em Ennico Man e não entende como carros funcionam e essas coisas – essa foi a vibe do ensaio. Mas o primeiro show foi mais como voltar a usar uma bicicleta: parecia que a vibe era bem parecida e que ela durou apesar de tudo, que ela era inquebrável. O que foi um pequeno momento legal e especial.
Andy: Foi como ser uma banda cover nos primeiros ensaios. E realmente, no primeiro show o momento foi tipo “Ah… Legal. Chegamos lá.”
Pete: O que também fala pela ideia de que o Fall Out Boy é mais do que apenas nós quatro. Não é nada até que todos estejam envolvidos e haja o momento.
G: Qual foi o melhor conselho que vocês já receberam?
Pete: Meu pai uma vez me disse: “Se certifique de tirará instantâneos de sua vida”. Não fotos, literalmente, mas momento para se concentrar nas coisas. Eu sinto que têm havido momentos em nossas vidas em que tudo é rápido demais – estamos num avião, estamos tocando na posse do Obama, estamos em Tokyo. Ele também disse: “Como pai, você nunca terá fraldas o suficiente”. E esse é o conselho mais verdadeiro de todos.
Andy: Minha mãe disse “You Only Live Once” “Só Se Vive Uma Vez”. Foi nos anos 80, bem antes de qualquer outra pessoa dizer isso.
G: Quando foi a última vez que vocês fizeram papel de fãs?
Andy: Eu conheci o Capitão América, Chris Evans. Foi legal. Ele é realmente muito legal. Eu apertei a mão dele e foi isso. Estou empolgado com “Vingadores: Era de Ultron”? Absolutamente. Amo os filmes da Marvel. Josh Whedon simplesmente entende os quadrinhos e você pode dizer isso pelos filmes. Há momentos engraçados, momentos sérios que são realmente impactantes e a ação é ótima. Bom trabalho, Josh!
Pete: Já faz um tempo – as pessoas que acredito serem estrelas são praticantes de luta-livre dos anos 80. Mas a última vez na qual me senti um fã – isso é muito maluco mas acho que você deve concordar comigo – foi quando tocamos no último show da Victoria’s Secret ano passado e Cara Delevingne veio até nós e disse: “Eu gosto da música de vocês!”. Eu fiquei tipo “Meu Deus!”. Antes que pudéssemos tirar uma foto com ela ou qualquer coisa assim, ela tinha sumido. Foi realmente como se um anjo tivesse aparecido por um segundo. Não tenho provas de que isso aconteceu e me senti realmente um fã. Acredito que eu tenha até ficado vermelho.
G: Ela tem um ótimo gosto musical – aparentemente ela é uma ótima baterista
Pete: eu achei que ela tinha ótimo gosto musical quando disse que gostava da gente!' risos'
G: Se tratando de filmes para 2015, o que está deixando vocês empolgados?
Pete: Depois de ver o trailer de Star Wars, parece que será um longo tempo de espera para vermos o filme. Sinto que mesmo com as sequências de pré-lançamento ficava um pouco de “não sei mas talvez eu goste disso porque é Star Wars”. Mas com o trailer oficial eu pensei apenas: “uau – isso parece fantástico.” Mesmo que não fosse Star Wars, se parece com um filme legal pra caralho. E como é Star Wars, é ainda melhor.
Andy: Eu acho que esse foi um dos trailers mais bem produzidos de todos os tempos. Ele simplesmente apresentou todas essas pessoas que nós não conhecemos – nenhuma do elenco original – e foi um gancho fantástico, sem entregar nada.
Pete: Fez o que nós tentamos fazer com a nova música do Fall Out Boy. Lembra você do espírito do que gosta em primeiro lugar, mas não é uma recauchutagem. Quando essa voz vem, me dá arrepios como na primeira vez em que assisti Star Wars… Mas é completamente diferente.
G: Que hip-hop vocês amam?
Pete: Eu gosto do novo álbum do Wiz Khalifa. Nos Estados Unidos as pessoas pensam que ele é uma figura pop, mas acredito que ele vai além disso. Algumas dessas coisas que ele fez com seu coletivo Taylor Gang são similares a algumas das coisas que fizemos com o DCD2, mas de outro jeito, o que é realmente legal.
Eu gosto muito dessa pegada francesa na música trap que Brodinski e Crew estão fazendo – acho que muito disso é bem legal. Eu gosto desse cara, Young Thug: ele é um desses “gênios em outro nível”. Ele é tão produtivo. Me lembra de certa forma dos primeiros tempos do Lil Wayne.
G: Você também tweetou sobre o quanto gostou de J. Cole…
Pete: O tweet sobre J Cole realmente me surpreendeu porque eu esperava que nossa fanbase e as pessoas que me seguem no Twitter ficariam pensando: “o quê?”. Mas um monte de gente realmente foi tocada pelas letras e acho que isso é bem legal. Eu provavelmente não deveria estar surpreso, mas fiquei um pouco.
Essa música pela qual estou apaixonado agora é meio irônica – é o remix do Makonnen de “Down 4 So Long” – e tem Despot e Ezra, do Vampire Weekend, que fazem uma versão dela. Você deveria escutar: as letras são uma loucura. O que eu vivi pela primeira vez recentemente foi ter colocado American Beauty/American Psycho para tocar, e eles terem rido alto de algumas letras. Na música que eu citei tem uma parte que diz: “Went to the Hamptons and I thought I was the man / ‘Til Mary-Kate said my Ray Bans were off-brand / I kept my mouth shut and I shook Sarkozy’s hand.” [Fui para os Hamptons e pensei que eu era o cara / Até Mary-Kate dizer que meus Ray Bans eram falsificados / Calei a boca e apertei a mão do Sarkozy]. Meu Deus! Essa é apenas uma das que tenho escutado.
Andy: eu gosto de Mr. Muthafuckin’ eXquire. Ele fez um remix de Despot e El-P. Mas Run The Jewels é basicamente a única outra coisa que gosto no hip hop atualmente. El-P é meu produtor favorito e já o tem sido faz um tempo. Ele e Killer Mike juntos é simplesmente ótimo. Tem sido meu álbum favorito do ano passado, com certeza. Nunca fui assisti-los. Perdi os caras em Los Angeles com todos os convidados do álbum – Zack De La Rocha estava lá.
G: Qual foi o presente mais estranho que vocês já ganharam de um fã?
Pete: Ganhei uma navalha com sangue. Bem, certamente havia alguma coisa vermelha ali. Não foi o melhor, mas foi com certeza o mais estranho. Costumamos ganhar pequenos bonecos que parecem muito com a gente e às vezes é bizarro de verdade olhar pra eles. Ganhei um com olhos de botão e é realmente hilário.
Andy: Não ganho muitas coisas estranhas – ganho coisas do Doctor Who e do Star Wars, que é bem legal. Ganhei um pequeno Dalek que deve ter sido tricotado à mão. Foi muito legal e muito bonitinho. Ganhamos também uma versão nossa em Lego Jedi. Muito legal.
G: O clichê de que os japoneses dão os melhores presentes é verdade?
Pete: No Japão acredito que seja reflexo da cultura deles – eles realmente querem que você se sinta bem-vindo. Acho que talvez nós tenhamos dito que gostávamos de chá verde e Kit Kat quando estávamos lá. Eu poderia ser um multi-milionário de chá verde e Kit Kats, se isso existisse.
G: Você poderia fazer chover chá verde e Kit Kats.
Pete: Eles estariam por todo lado.
G: Descreva seu pior corte de cabelo.
Pete: Eu sinto que em algum ponto fiz um corte de cabelo realmente famoso. Sinto de verdade que ganhei um royalty ou dois por isso… E provavelmente não para ser pago com chá verde ou Kit Kat. Uma coisa que é realmente esquisita é que todo mundo tem suas fases estranhas – mas o que é realmente estranho é passar por essa fase na capa de uma revista. Você tem algo enorme te relembrando. A internet não esquece.
Teve a primeira vez em que fomos convidados para uma premiação e pegamos sacolas de brindes nos estandes de marcas. Ficamos pensando “é tudo de graça!”. Não nos demos conta de que não é de graça, você paga pelo merchandising que fazem com a foto que você tira com os produtos. Então tiramos fotos com as bonecas Bratz, dez anos atrás – eu vejo uma dessas fotos quase todos os dias da minha vida. O estande de presentes que nunca vai parar de nos presentear. É como um filme de terror.
G: Como as pessoas podem ganhar um follow de cada um de vocês no Twitter?
Pete: No meu Twitter eu percebi que primeiro as pessoas perguntam “Me segue?”. E depois elas são realmente repetitivas sobre isso porque “você provavelmente não me viu pedir”. O que não é o caso: porque eu te vi. Depois tem a bajulação, mas eu não funciono assim. Ela é legal e faz a maioria dos seres humanos que não estão sentindo nada sentirem alguma coisa. Mas não é o que eu quero ler no meu feed do Twitter.
Então as pessoas me vêem respondendo para alguém que disse algo realmente desagradável e pensam: “vou dizer algo desagradável e maldoso e você vai reparar em mim”. São que nem esses antigos blocos de notas que dizem ‘SEXO! Agora consegui sua atenção’.
A verdade é que gosto de coisas divertidas. Cada um de nós tem sua versão bizarra do que acha divertido. Por exemplo, eu acho que meu pai odeia todo mundo com exceção de sua família – o que é realmente estranho. Ele apenas usa o Twitter para fazer resenhas sobre filmes, mas será como “Fúria: ronquei enquanto assistia isso. Duas estrelas. Brad pode fazer melhor.” Não sei se ele tem algum seguidor no Twitter mas amo isso. É assim que me sinto.
Andy: Eu não uso Twitter o suficiente… Então não vou seguir você.
G: Vocês dois são grandes fãs da série de TV Curb Your Enthusiasm. Qual é o episódio favorito de vocês?
Pete: tantos. Atualmente, a minha cena favorita em Curb é da temporada de New York onde ele tem um carro em que o assento direito não está funcionando. Susie, esposa do Jeff, está sentada nesse banco e tem um orgasmo. A cara que ele faz quando isso está acontecendo é talvez a coisa mais engraçada do mundo. Estou imaginando agora mesmo. E está ficando pior.
O episódio que eu acho que é o meu favorito de todos os tempos está entre o do restaurante palestino especializado em frangos e um outro no qual o cara está acessando seu Bluetooth e começa a falar muito alto. Ele diz: ‘Eu posso falar assim também!’
Um que eu posso destacar é aquele episódio quando o Larry está na loja e está tentando colocar uma calça – e Ben Affleck corre em direção a câmera por um segundo. Você pensa que ele vai aparecer novamente no episódio e nunca o vê novamente. Tão incrível.
Andy: Meu favorito é o auge entre todas as temporadas, e é aquele no qual Curb está na inauguração de um restaurante e um cara tem Tourettes. Esse episódio é muito louco.
G: Há alguma banda que vocês nunca viram ao vivo e gostariam de ver?
Pete: Nós perdemos a chance de ver Michael Jackson ao vivo, o que foi simplesmente um azar enorme. Essas são bandas que me fazem desejar poder tê-las visto em outra era. Isso é tão triste e falho de dizer, mas eu nunca tive a chance de ver Guns N’ Roses. Eu queria ter visto a banda inteira. Gostaria de assistir Lana Del Rey ao vivo – nunca a vi ao vivo e estou interessado em fazê-lo.
Andy: Eu poderia ter assistido Metallica na tour Justice For All mas minha mãe não me deixou. É algo pelo qual sempre vou lamentar.
Pete: Agora sinto que ela cometeu um erro ao dizer “Yolo” nos anos 80! Parece que ela mentiu hein!
Fonte:Gigwise
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