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domingo, 19 de abril de 2015

Fall Out Boy faz homenagem emocionante ao Green Day no Hall of Fame!


O Hall of Fame aconteceu ontem, 18 de abril de 2015, na cidade de Cleveland, Ohio, onde o Green Day foi homenageado em grande estilo pela banda Fall Out Boy, entrando no seu primeiro ano de indicação.

Depois de dar um show de simpatia no tapete vermelho, era mais do que merecido um grande discurso para a homenagem. Sendo a única banda que saiu até o público na rua para cumprimentá-los, sabendo que eles teriam passado a noite ali com suas famílias só para conseguir uma foto e um autógrafo, o Green Day entrou radiante no Hall of Fame, estavam sorrindo o tempo todo e acenando para os fotógrafos que gritavam atrás do melhor ângulo.

O discurso da banda de homenagem não foi muito elogiado por algumas pessoas, mas foi o suficiente pra emocionar grande parte dos fãs ali presentes, familiares dos mesmos e o próprio Green Day, que se mostrou muito agradecido logo que subiram no palco. Durante toda a homenagem, a esposa de Mike Dirnt, Brittney Cade segurava sua mão para conter o nervosismo do baixista, que também não parava de sorrir.




Nós traduzimos o discurso do Fall Out Boy na íntegra pra vocês. Confiram:

Patrick Stump: Deixe-me perguntar uma coisa a todos vocês – o que é punk rock? Você vê, essa deveria ser uma pergunta simples o bastante para ser resolvida, mas crianças e críticos discutem com fervor, furiosa devoção, religião e lados políticos…fãs de Star Wars… então posso garantir que deixarei alguém bem puto quando digo isso, mas o que é mais punk rock do que tirar pessoas do sério? Bom, o que eu quero dizer é que a minha banda favorita de punk rock desde sempre é Green Day. Bom, eu me lembro a primeira vez que ouvi Green Day.

Para dar um pouco mais de informação eu era bem esnobe em relação a música quando era criança. Meu pai era um cantor de folk de Chicago e ele ficou muito empolgado em ver as bandas de punk da época. Ele tocava bastante jazz quando eu era menor, então você podia imaginar o quão triste eu fiquei com meus amigos que eram fãs de punk. E então um belo dia alguns amigos me fizeram cabular aula e fomos pra casa e ouvimos uma fita cassete que um deles tinha. Era Dookie. Aquela fita me surpreendeu assim que eu a ouvi por tão musical que era. Era todas as coisas que você esperaria de punk rock, era raivosa, alta, rápida mas podia-se perceber sutis tons de teoria e história da música através do tempo. As outras crianças tinham Guns N’ Roses e Nirvana e todas essas coisas em 1994, mas nenhuma era tão boa quanto essa. Essa eu gostava, essa era a minha. Depois disso eu estava ganho.

Eu tentei me vestir que nem eles, eu tentei tocar as músicas do meu pai em tons baixos como Billie fazia. Eu lia cada entrevista, assistia cada apresentação na TV e quanto mais eu me jogava neste mundo, mais eu pensava que essa banda era uma das maiores. Você tem que parar e pensar “Wow, como você consegue juntar todos esses caras em uma banda?” Agora, a coisa que me mata é quando algumas vezes, em algum ponto da sua vida você pensa “É eles talvez merecessem estar famosos, mas talvez nem todos estejam dando o máximo de si.” Talvez você veja um cara e diga “Ah, ele é legal, mas talvez ele só tenha dirigido a van.” Mas com o Green Day, cada membro, cada som que saía deles era tão importante quanto o resto, incluindo aquele cara. O jeito que Billie Joe cantava suas letras sarcásticas e fortes junto do jeito que ele tocava sua guitarra. Mike Dirnt! E aquelas linhas de baixo, abençoadas por James Jamerson and Jaco Pastorius. Tré Cool…seu baterista é o Tre fucking Cool. Essa é a coisa mais legal de todas. Não houve um baterista baixo dos 30 anos naquele verão que tentou aprender o começo de “Basket Case” que nem Tre tocava. E adivinhe? Ninguém conseguiu. Ele faz parecer fácil com toda sua paixão. É incrível.
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Pete Wentz: Agora, não há ninguém que possa fazer o que o Green Day faça. Eu tenho essa vívida memória de Billie Joe. Ele estava sendo entrevistado pela MTV durante o lançamendo do Nimrod e ele disse algo que se parecia com “Eu não quero fazer punk rock pro resto da minha vida.” Desculpa cara, mas você ainda está fazendo. Quando você lançou Dookie com um single sobre metanfetamina, aquilo foi punk rock. Quando a sabedoria popular pediu outra música rápida de punk rock e então você nos deu uma balada pura que se tornou música para o caminho até o baile por uma década, aquilo foi bem punk rock. Quando você lançou três álbuns físicos em um ano – na época de singles digitais – foi bem punk rock também Quando você nos deu um álbum folk acústico quando você foi enganado pelo óbvio punk rock do Green Day, aquilo foi punk rock.

Numa época em que não havia nenhuma consciência social no mundo pop da música, você então veio e nos deu uma opera política e então de algum jeito redefiniu a carreira de um jeito totalmente fodido e punk rock. Sem mencionar o seu envolvimento em projetos paralelos como The Network e Foxboro Hot Tubs. Tudo que vocês fizeram até agora foi punk rock, num sentido que você tomaram uma rota fácil, óbvia e segura. Vocês nunca se repetiram, vocês nunca fizeram algo para agradar engravatados. Eles não se agradam com mudanças, mas quando uma banda toca apenas um set contendo hits, mudança é necessária. Como Queen, the Who ou the Clash, as melhores bandas vão e desafiam a si mesmos e às gravadoras, se tornam lendas nos álbuns e nos palcos.

Tenho que dizer que o impacto que o Green Day teve na cultura pop…quando nós andamos pelo aeroporto, 80% do tempo quando alguém tira uma foto conosco nós ouvimos eles indo embora falando “Puta merda, eu acabei de tirar uma foto com o Green Day”. Isso é sério. Agora, Fall Out Boy não pode ser comparado ao Green Day e nós ficamos felizes por isso nessa parte. Porque Green Day é, honestamente, umas das melhores bandas ao vivo deste planeta. Se você alguma vez já abriu para eles sabe, eles dão um show épico e engajador que a plateia esquece-se de você na metade do primeiro refrão que eles toquem. Se você já tocou depois deles, me desculpe… Essa banda é tão em sintonia com sua plateia que eles deixam um cara estranho subir ao palco e cantar, nas arenas lotadas de pessoas sonhando em ser este cara cantando com sua banda favorita. Isso não é jogada de marketing ou algo do tipo, isso é ser da comunidade e fazer parte do punk.

Então deixe que alguns caras babacas discutindo sobre o que é punk. Eu já tenho a minha definição. E é nosso orgulho introduzir o Green Day ao Rock and Roll Hall of Fame.”




Logo após o discurso e o agradecimento da banda homenageada, o Green Day começou com American Idiot, depois veio com When I Come Around e pra fechar com chave de ouro sua entrada para o Hall of Fame, Basket Case, o grande hit e a música mais ouvida da banda até hoje.

Todos estavam de pé assistindo, aplaudindo e muito emocionados antes mesmo de começarem a tocar, até conquistaram a simpatia de Paul McCartney, o ex-beatle que dançava com os braços para cima junto de sua esposa durante toda a apresentação. Lembrando que mais cedo, eles passaram o tempo inteiro juntos e passaram o som, ensaiaram e se encontraram novamente na premiação para tocar a música Boys, dos Beatles. Saiba mais sobre os ensaios e tapete vermelho aqui.

Toda a cerimônia do Hall of Fame vai ser exibida no canal HBO, dia 30 de maio de 2015.

Obrigado ao Green Day Lanterns por compartilhar conosco a máteria!
Fonte:Green Day Lanterns

Um comentário:

Hey I'm With The Band disse...

Green Day, minha banda preferida e Fall Out Boy outra banda que eu amo. Juntas nesse momento histórico! Lindo ♥