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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Entrevista: Pete Wentz só quer que Fall Out Boy seja como o Metallica


 “Tipo quando as pessoas dizem, ‘tal banda soa como Metallica’. Eu adoraria ser uma banda onde as pessoas digam ‘oh aquela banda soa como Fall Out Boy’.”




Pete Wentz marcou alguns índices em sua lista de bicos. Em 16 anos, o baixista do Fall Out Boy graduou-se de tocar em bandas hardcores undergrounds para galã adolescente, para apresentador de televisão, para um empreendedor bem sucedido e ainda está procurando adicionar em sua lista de realizações.

O lançamento e a subseqüente turnê para o quinto álbum do Fall Out Boy, Save Rock and Roll, pegou os fãs de surpresa e logo depois começaram uma série de violentos vídeos chamados de Young Blood Chronicles apresentando participações especiais e um enredo mais torto que Lombard Street.

Mas a banda não parou aí. Com o bem sucedido jogo já lançado embaixo de seus cintos com o inspirado Oregon Trails – Fall Out Boy Trail, a banda apreendeu uma oportunidade mês passado e lançaram Fall Out Bird, um aplicativo que é uma homenagem ao frenético popular e agora indisponível Flappy Bird. Na esteira desse sucesso, a banda vai lançar em breve uma versão atualizada 2.0, inadvertidamente solidificando-se como jogadores boa-fé no mundo dos aplicativos.

“Para mim, esse jogo foi feito em uma cotovia. Nos deixa ter uma conversa com a Cultura Pop,” disse Wentz.

Radio.com chegou com Wentz para discutir sobre a volta surpresa da banda, suas incursões com o vídeo game e como eles querem ser como Metallica e o que significa ser um empreendedor bem sucedido.



Radio.com: O anúncio da volta da banda chocou um monte de fãs confiantes. Isso lhe soa certo?

Pete Wentz: Eu acho que algumas pessoas imaginavam uma turnê de volta, uma turnê de reunião, esse tipo de coisa, mas eu acho isso porque tinha um álbum, uma música imediata e que nós estávamos tocando num show logo, acho que isto surpreendeu algumas pessoas. É difícil dizer como foi a reação, porque para nós foi como ‘se nós tivemos uma reação culta, seria legal. Seria o suficiente.’ Então para nós sermos capazes de ir numa turnê e fazer alguns shows com Paramore e ter nossas músicas na rádio, seria uma honra grande para nós. Não era algo que estávamos esperando mesmo.


Vocês lançaram uma música, um álbum, um anúncio de turnê tudo de uma vez. Quantos pensamentos foram para o relançamento?

É, essa parte foi louca. Eu estava pensando em bandas tipo... Se The Smiths toda vez que voltassem juntos, ou bandas que somos fãs... Como fãs, o quanto iríamos recebê-los? Para mim é tipo, você quer a música logo, você quer ser capaz de ir a um show naquela noite e saber que um álbum já foi gravado. Não tem nada pior do que esperar por tudo. Como o anúncio veio você tem que esperar por tudo. É por isso que tentamos trazer rápido.

A música “My Songs Know What You Did Last Night (Light Em Up)**,” foi um arraso na rádio e ainda está sendo tocada. Vocês tiveram alguma idéia do tipo de repercussão que teria?

Não, não mesmo. Foi uma daquelas coisas que tocamos para alguns dos nossos amigos... Eu toquei para um grupo de amigos e eles disseram, ‘Meu Deus, tem um tipo de grito de metal dos anos 80 nisso. Não é uma boa idéia. ’ E então tocamos para nosso parceiro, 2 Chainz, que estava no vídeo, e ele ficou tipo “Meu Deus, isso é demais. Isso soa tão diferente e devia estar em todo lugar.’ Por isso, foi realmente polarizando inicialmente, então nós não tínhamos essa expectativa em tudo.

Tem alguma coisa que você pode nos dizer sobre os dois últimos Young Blood Chronicles, “Miss Missing You” e “Save Rock And Roll”?

Acabamos uma edição para “Miss Missing You” e esse será o próximo. Para mim, tivemos um começo, um meio e um final pronto e o final continua mudando... ou continua sendo ajustado.

Nem pense em dar um perdido na gente.

Não não não. [risos] Eu acho que tudo vai ser embrulhado e jogado fora. Mas eu não sei se isso é um final feliz. Eu não sei. Não tenho certeza... Depende de como você está vendo a história. Eu acho que a última filmagem atual pode ser uma das vídeo imagens mais épicas que fizemos.

Seu bar Angels and Kings está indo bem em Chicago. Você espera abrir em outros novos locais?

Acho que é possível. Sabe, nós abrimos nuns lugares diferentes e alguns foram fechados porque certos lugares eu me senti meio estranho onde estávamos servindo as pessoas, e seu trabalho num bar é ter certeza que pessoas serão servidas, mas não completamente a mais. Mas ninguém vai a um bar para não ser um pouco mais servido. Sobre o de Chicago foi que eu achei que parecia mais um hotel. Então não senti nada em minha consciência se as pessoas forem servidas um pouco mais porque elas podem simplesmente subir em seus quartos de hotel e o pior que irão fazer é bater na parede no caminho do elevador. Então, acho que é possível, mas esse é o modelo que eu definitivamente quero seguir. Eu desejaria colocá-los em hotéis.

O que aconteceu com a locação de Hollywood?

Foi incrível. Estava tão pra baixo e sujo e rock and roll, mas acho que o problema para nós na primeira ou na segunda noite que abrimos, um cara foi atingido na cabeça com um bastão bem na frente do nosso ponto na Hollywood Boulevard e foi um lugar difícil de manter um bar rock and roll e não cabe a nós terminar com uma tonelada de processos. Mas estar com o Hard Rock em Chicago foi uma ótima parceria porque tem essa linhagem rock and roll nisso e acaba se encontrando com a idéia do Angels and Kings.

Como surgiu o Fall Out Bird e o que esperar no 2.0?

Estávamos no Japão quando Flappy Birds estava na moda e ao mesmo tempo eu achei que Flappy Bird era bem legal na maneira que me fez nostálgico nos antigos jogos de NES como Ghost & Goblins, Top Gun e Surfista Prateado... esses jogos que eram virtualmente impossíveis, mas você continuava. Nós já tínhamos um relacionamento com Mass Threat; fizemos nossa versão de Oregon Trail faz quatro ou cinco anos e nós desenvolvemos um relacionamento com eles. Nós estávamos trabalhando em outro jogo do Fall Out Boy por um tempo, mais para um jogo de história (isso levaria a eternidade para nós terminarmos). Mas nós ficamos tipo ‘Flappy Bird acabou’. Isso é algo que nós deveríamos homenagear, mas precisa ser feito bem rápido. Nós chegamos ao programador lá, esse garoto David, e ele construiu o Fall Out Bird em 22 horas. Por causa da nossa rápida movimentação, as dificuldades virão no 2.0 que terá diferentes tipos de clima e músicas diferentes. 2.0 vai sair em breve, talvez próxima semana.

Com o Flappy Birds chegando aos $50 K por dia na venda, como você classifica o sucesso do Fall Out Bird?

Para mim o jogo foi feito numa cotovia. Permitiu-nos ter uma conversa com a Cultura Pop. Mas eu diria que esse é um jogo que eu pararia o Fall Out Boy para fazer isso? Não é o caso. Nós ouvimos de diversos fãs do Fall Out Bird e fãs do Flappy Bird. Nós tivemos um bom retorno, então pra mim isso é sucesso.

Quando você lê sobre o Rei, os criadores do Candy Crush, tendo uma oferta pública inicial semana passada e agora vale mais de $7 bilhões, como você se sente?

Faz-me sentir que eu fui uma das pessoas que entregou o lucro a eles, eu adoro jogar Candy Crush. Para mim é inspirador quando pessoas vêm desse campo com uma visão que funciona e isso pode mudar o modelo de jogo, como fizeram. Eu lembro de ter lido um artigo no King e eles aperfeiçoaram esse modelo dando um retorno super positivo e deixando os usuários a comprarem níveis e comprar códigos bem quando as pessoas estavam prontas a parar e isso é realmente interessante para mim. Eu não acho que isso é algo que o Fall Out Boy ou nossos jogos tenham considerado.

Quem, nos negócios, você está olhando?

Eu gosto do que o Ashton Kucher tem feito quanto às coisas que ele deixa para trás. Parece bem autêntico. Eu o acho esperto no jeito que investe nas coisas que são autênticas para ele e sua marca. Um amigo meu, Cash Warren, eu gosto muito das coisas que ele fez. Ele esteve envolvido em vários canais do YouTube e está trabalhando em Honest, com sua mulher Jessica Alba e acho que é outra campanha que foi realmente esperta. E eu acho que Jay Z é um super cara que foi capaz de criar um modelo de negócio que faça sentido com sua carreira de entretenimento.

Onde você gostaria de se ver musicalmente e nos negócios em dez anos?

Em negócios, foi um processo de aprendizado para mim. Quando começamos na gravadora, eu não sabia o que era uma tampa. Eu não sabia nada sobre marketing. Eu não sabia nada sobre posição de preço e esse tipo de coisa. Para mim foi um ensino contínuo; aprendendo a estar na curva e estando no ramo de música neste tempo que nossa banda esteve, nós estivemos na parte final das vendas do álbum, e vendo o modelo de transmissão sair e ter pessoas aceitando isso. Isso tem sido bem interessante. Até onde o negócio vai, eu quero ser relevante, mas ainda aprender como esse lado [do marketing] funciona.

Musicalmente, eu olho para bandas tipo Metallica e quando pessoas falam sobre Metallica, Metallica é a descrição para a banda, tipo quando as pessoas dizem “tal banda soa como Metallica”. Eu adoraria ser uma banda onde as pessoas digam “oh aquela banda soa como Fall Out Boy”. E acho que o jeito de fazer isso é criando um legado e mantendo-se fiel a quem você é e mais importante, só sobreviver.

O mais longe que sua banda esteve por aí e você se manteve relevante, mais você criou um legado para si mesmo.




Tradução: Cybelle R.  @cybellerosa11
Fonte:Radio


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