Se você tentar coordenar as letras com as imagens, o seu cérebro ira entrar em pane tentando conciliar o que seus olhos estão vendo com o que seus ouvidos estão escutando. É como dissonância cognitiva em versão para filme.
Mas, uma vez que você consegue separar as canções dos vídeos, “The Young Blood Chronicles” se torna fantástica. E péssima. E depois fantástica novamente. Basicamente, ela se compromete a uma premissa ridícula de uma forma que é impossível não admirar. Essa saga de clipes tem consumo de drogas, talvez canibalismo, possessão demoníaca causada por música e Courtney Love. A maior parte do tempo você se pega torcendo pela insanidade ou virando a cara de algo ruim. Definitivamente não há meio termo.
Há 11 vídeos para cada uma das canções do álbum Save Rock And Roll e aqui estão os melhores, piores e melhores/piores momentos de cada um deles. Aviso: Há algo na parte 3 não apropriada para se abrir no trabalho.
1. “My Songs Know What You Did in the Dark (Light ‘Em Up)”.
O menor comentário para o maior título. A única coisa a ser mencionada aqui é que, seguindo a grande tradição de filmes em partes, esse vídeo obviamente foi feito muito antes dos outros e depois precisou passar por continuidade retroativa de forma a se encaixar na mitologia.
2. “The Phoenix”
Esse capítulo ganha pontos pela maleta de Pulp Fiction. Mas a verdadeira estrela da parte 2 é esse momento aqui:
Coisas de amar:
1 – Os sequestradores conseguiram com eficiência decepar a mão do vocalista Patrick Stump que possui uma distinta tatuagem.
2 – A “atuação” de Pete Wentz. A mão do seu amigo é deixada na porta da sua casa e a reação é de entediante surpresa. Isso é apenas o início de tudo, então se prepare. A atuação de Wentz se constitui completamente de entediante surpresa. É ao mesmo tempo péssimo e hilário.
3 – A sacola plástica. Alguns sequestradores fazem entrega expressa de partes de corpos Outros simplesmente as colocam em uma sacola não ecológica, a penduram na maçaneta da porta, tocam a campainha e saem correndo.
Esse vídeo também tem: Wentz e sua expressão de entediante surpresa soltando uma ave, o que acaba agindo como uma apropriada distração para que o resto da banda seja sequestrada. Pontos para o fato de que, graças a isso, você solta aquele grito clássico de cinema “CUIDADO!” Nenhum ponto para Stump cantando enquanto é torturado. Isso acontece ao longo dos clipes. Além disso, é isso que as sequestradoras vestiram:
3. “Young Volcanoes”
Esse é um grande candidato ao maior nó no cérebro. É o clipe com o maior abismo entre música e imagens. Tem o maior abismo entre imagens e lógica. Para escrever isso, precisei rever o vídeo provavelmente umas 12 vezes e ainda não tenho certeza do que exatamente aconteceu. Bem, eu sei que esse momento não apropriado para o trabalho aconteceu:
4. “Alone Together”
Você poderia passar bastante tempo dissecando os diferentes infernos pessoais dados a cada membro da banda nesse clipe. Mas, eu penso que a estrela dessa parte é definitivamente quando Wentz bate até a morte em uma das sequestradoras com o gancho que ele roubou dela. Especialmente já que é óbvio que Stump vai ganhar esse gancho em breve.
Outros pontos fantásticos são as meninas colegiais malvadas dançando e arremessando comida e o medidor de malvadeza perfeitamente sem nexo. Aqui está um gif das tais meninas, que você certamente vai precisar:
5. “The Mighty Fall”
Tá, se você conseguisse escapar de suas sequestradoras malvadas, porém gostosas, e fosse confrontado com isso:
Gangues infantis errantes nunca são um bom sinal. Infelizmente, isso não se tornou uma homenagem a Os Selvagens Da Noite como eu esperava.
Como metáforas de filmes de terror, isso deveria ter sido evitado: Sim, eles matam o negro primeiro. Big Sean aparece sendo torturado com a banda, consegue escapar, os ajuda e acaba sendo o primeiro a morrer. Suspiros.
6. “Just One Yesterday”
100% perfeito na diversão. Após uma noite fugindo de uma gangue de crianças assassinas, a manhã seguinte chega ao parque e a banda está simplesmente tentando fugir. Cada segundo dessa tentativa é simplesmente um desastre.
Um
Além disso, ela é completamente diabólica. Ela resgata toda a banda e os leva para um hospital dos horrores. E ela coloca a música que transforma Stump em uma máquina assassina possuída por um demônio. Porque é óbvio que ela é diabólica. Todas as pessoas normais estavam aterrorizadas com as pessoas cobertas de sangue. Apenas alguém envolvido com sequestro iria permitir que eles entrassem no carro.
7. “Where Did The Party Go”
Quase uma recriação de “Young Volcanoes”, porém, nesse clipe Stump é o único que está alucinando. E ele está alucinando um hospital fantasma no estilo de Thriller, de Michael Jackson. E ele acaba matando o amigo dele. Tudo que você precisa saber é que o Stump possúido (um resultado da tortura extensiva pela qual passou) mata Joe Trohman.
No entanto, esse foi o momento em que percebi que Stump estava atuando bem demais e que Wentz tinha em torno de três expressões faciais diferentes. De alguma forma, esse contraste me levou a um novo nível na experiência de assistir a esses clipes. Como exemplo, as reações de ambos a morte de Trohman:
8. “Death Valley”
Olha, se essas três coisas não te convencerem de que esses clipes são um tesouro nacional, não sei o que irá:
1 – Tommy Lee é o diabo
2 – Os policias tiram as digitais do braço cortado de Stump
3 – Um arco em forma de bateria
9. “Rat A Tat”
A Courtney Love como líder de um culto contra a música que mata pessoas é honestamente bem perto da imagem que algumas pessoas têm dela. E, como ela gosta de comprar brigas, isso é tudo que eu vou dizer sobre isso.
Eu também aprecio profundamente o fato de Stump estar fazendo o papel da Princesa Peach durante esses clipes. Ele passa grande parte dos vídeos sendo capturado, torturado ou possuído. Foi o primeiro da banda a ser sequestrado, depois pega carona com a motorista doida, depois é preso por policiais corruptos que o entregam para Courtney Love. E ele canta as músicas durante tudo isso, porque é assim que clipes funcionam.
Pontos a menos por cortarem a garganta de Andy Hurley antes de vermos o arco em forma de bateria em ação. Mas, pontos a mais por quão sangrenta essa morte foi.
10. “Miss Missing You”
Episódio em preto e branco obrigatório no estilo de uma cidade fantasma pós apocalíptica. Incluindo bonecas assustadoras.
11. “Save Rock And Roll”
Não. Dane-se você. Isso já é uma confusão hilária, mas pelo menos é uma confusão com um tom consistente. Só porque você ama Guerra nas Estrelas, não significa que você precisa fazer isso aqui. Não é nem daquelas coisas que são tão ruins que chegam a ser engraçadas, isso aqui é só ruim.
Agora, você pode perder tempo tentando entender o roteiro e dissecando a mensagem que eles estavam tentando passar. Mas, eu não recomendo isso. Um motivo é que o último clipe deixa tudo muito óbvio. O outro motivo é que assim é mais divertido.
No entanto, eu recomendo que tirem os 50 minutos que levam para assistir esses clipes e os admirem. Eles são impressionantemente insanos. Há melhores clipes musicais, clipes com melhores conceitos, e clipes mais estranhos. Porém, “The Young Blood Chronicles” é estranha num nível tão sustentável e é pontuada com momentos simplesmente hilários, tanto intencionais como não, que esses 50 minutos se tornam muito agradáveis. São todas as ideias de um filme de terror de baixo orçamento colocadas num liquidificador e projetadas na tela de forma despretensiosa. Eu amo esses clipes, e ao mesmo tempo os odeio.(Katharine Trendacosta)
Fonte:io9
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Um comentário:
HAHAHAH ficou muuito bom o texto morri de rir e só falou verdades (principalmente sobre a parte de Star Wars quando aquilo apareceu eu fiquei tipo 'whaaaat').
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