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terça-feira, 21 de maio de 2013

Entrevista com Pete Wentz


Quatro anos e uma mão cheia de projetos paralelos depois, Fall Out Boy surpreendeu a maioria das pessoas quando eles anunciaram seu retorno mais cedo nesse ano. Armados com seu novo álbum e tour, a banda soa pronta para pegar de onde pararam quando os roqueiros de Chicago entraram em um “hiatus indefinido” em 2009. “Sempre teve uma chance de nós voltarmos, mas precisava ser sobre nova música” diz o baixista e compositor principal da banda, Pete Wentz. “Nós precisavamos estar animados em estar fazendo o Fall Out Boy.”


O novo disco, audaciosamente chamado “Save Rock and Roll”, foi gravado em segredo. “Nos permitiu fazer o álbum que nós queríamos fazer. No final do dia se nós não gostássemos do disco nós e ninguém seria o sábio.” Felizmente para os fãs, Wentz e seus colegas gostaram do que eles criaram. “A ideia era fazer coisas que eram um pouco perigosas,” ele diz. “Fazer música que poderia ser tocada na rádio sem necessariamente soar como algo que estivesse tocando no rádio. E eu pensei no jeito de sermos capazes de fazer isso.”


O que você anda fazendo?


Nós acabamos de gravar um show com Zane [Lowe] para a [BBC] Rádio 1 e nós estamos fazendo um pouco de promoção, tentando ser oficialmente os seres humanos mais cheios de jet-lag que existem.


Quais são suas atuais fixações?


Andy [Hurley] nosso baterista entrou nessa de Game of Thrones, então eu tenho estado meio nessa ultimamente. Eu vou ao cinema com uma criança de quatro anos, então Os Croods. Estou ansioso que eles anunciaram uma sequencia de Procurando Nemo, esse tipo de coisa. Mas é legal sobre o novo filme do G.I. Joe, ele [Bronx] está nessa de coisas que eu assistia nos anos 80. Eu gostei muito do novo [álbum] do A$AP Rocky; acho que tá demais. E nós estamos falando sobre esses caras do Knife Party. Gosto bastante deles.


Por que você vive onde você vive?


Eu vivo no Valley em Los Angeles. Se Hollywood é o charme e glamour, o Valley é o subúrbio e é um pouco tedioso. Mas o tempo é sempre bom e chama menos atenção. Eu vivi em lugares bastante diferentes de Hollywood e eu gostei do Valley. Mas fica muito quente no verão, o que é bem louco.


Nomeei algum trabalho de arte que você considere alterador de mentes:


Tem um artista chamado José Parlá que faz essas pequenas etiquetas que terminam virando uma enorme peça de arte e é muito difícil de se ver como começou. Eu gosto bastante dele. Ele é um pintor, obviamente.


Qual foi seu mais memorável e inspirador show e por que?


Um que eu fui o do Daft Punk no Lollapalooza em Chicago alguns anos atrás. Não sou desses que tem momentos espirituais ou algo do tipo. Eu me encontro tentando continuar a ser humano no momento. Mas por alguma razão, eu tive. Eu entendi que era sobre essa coisa maior. Eu não sei. Eu apenas me tornei uma dessas pessoas.


Quais foram os momentos altos e baixos da sua carreira?


Eu acho que o alto foi provavelmente ter tocado do baile inaugural do Presidente Obama. Foi grande estar envolvido naquilo e foi diferente e novo e senti como se fosse um momento na história. E eu acho que o baixo foi aquele tempo em que a gente abriu para um mágico. Foi bem no começo. Nós saímos com os nossos amigos do Less Than Jake e abrimos o show e depois o mágico. Tudo que eu me lembro é que ele tinha um truque com uma bola de boliche – você podia ver como acontecia, então não era mágica da boa. Aquilo foi horrível, mas são momentos engraçados agora.


Qual foi a coisa mais má que já disseram para você antes, durante ou depois de um show?


A pior coisa que existe é você brigar antes de um show, antes de subir no palco. Alguém chateado com você, você chateado com alguém, tanto na banda ou uma garota, tanto faz. É difícil porque ou você tem que ficar no momento ou sair fora. E alguém nos disse que deveríamos tocar melhor e focar mais em tocar nossos instrumentos.


Sobre o que todos deveriam se calar?


Acho que todos deveriam se calar sobre aumentar ou distorcer a realidade, seja reality TV ou coisa do tipo. Se você não prestar atenção vai embora da sua vida. Se isso não te incomoda, não precisa se juntar à cultura de ficar reclamando o tempo todo. Parece que fica maior. Muitas coisas somem e não ficam na cara se as pessoas não falarem o tempo todo.


Qual a sua ideia de domingo perfeito?


Um domingo perfeito para mim é ir pedalar com meu cachorro e meu filho. Tem muito diversão para se ter só procurando por Bane e o Coringa.


Qual conselho você deveria ter aceitado, mas não o fez?


Eu recebi muitos conselhos quando estava com vinte e mais cedo na adolescência. Eles diziam que eu não precisava me preocupar tanto. Ficar ansioso o tempo todo e trabalhando o tempo todo, não é bom para você e nenhuma dessas coisas vai importar. Quatro anos em diante daqui ninguém vai se importar com um monte dessas coisas pequenas. Eu acho que tive consideração com isso e tenho certeza que em 10 anos vou estar me dizendo a mesma coisa.


O que faria você chutar alguém fora da sua banda e/ou cama, e você já faz isso?


Nunca chutei alguém fora da banda. Acho que eu não tenho esse poder. [Pausa] Patrick [Stump] diz que eu não tenho poder de contratar nem despedir alguém da banda. Então aparentemente essa não é uma opção. Eu nunca chutei alguém fora da cama antes. Eu acho um jeito de dormir em qualquer lugar, então eu posso ir e dormir embaixo de uma mesa ou sei lá.


O que você pensa quando pensa no Canadá?


Eu penso em poutine primeiro. Penso em Oh Henry Milkshakes. Um monte de talentos que nós na América pensamos, como muitos dos nossos comediantes e atletas, eu penso no Canadá primeiro. Eu penso no boliche para Columbine quando [Michael Moore] veio do Canadá. “Oh que pessoas legais.”


Qual foi o primeiro LP/cassete/CD que você comprou com seu próprio dinheiro?


O primeiro CD que eu comprei com meu próprio dinheiro foi Slayer's Decade of Agression. Foi um grande compromisso porque eu acho que comprei por causa da capa e não sabia muito sobre Slayer naquele tempo. Se tornou uma parte integral da minha vida. Eu acho que foi na minha oitava ou nona série. Eu não era legal o suficiente para comprar coisas com meu próprio dinheiro. Eu acho que meus pais não deixavam eu fazer isso muito.


Qual foi seu dia mais memorável de trabalho?


Eu trabalhei na Crate & Barrel por um tempo e depois minha irmã se tornou gerente e não tem nada mais desestimulante que ter sua irmã menor falando para você “Se tem tempo de vagabundar tem tempo de limpar”. Eu deixei esse emprego pouco tempo depois e fui trabalhar numa ilustre carreira na piscina pública onde eu comia nachos todo o verão.


Como você se mima?


Isso vai soar louco, mas eu não sou normalmente aquela pessoa legal, apesar de eu gostar de comprar coisas para as pessoas por uma razão bem egoísta: isso faz eu me sentir bem. Eu adoro saber que uma coisa que uma pessoa queria muito é dela. E depois eu pego um jato para a minha ilha de vez em quando [ri sarcástico]. Tenha certeza de incluir risos depois disso para que ninguém pense que é verdade.


Se não fosse tocando música, seria...


Continuar comendo nachos na piscina. Talvez gerente. Eu joguei bastante futebol quando criança, então em outra vida eu adoraria treinar um time infantil.


O que você mais teme?


Estar fora de controle. Um verdadeiro pai diria que é acontecer alguma coisa com seu filho, mas depois disso eu realmente não gosto de ficar fora do controle da situação. É quando eu me sinto assustado.


Qual foi seu encontro de celebridade mais estranho?


Foi estranho quando a Beyoncé e o Jay-Z costumavam vir aos nossos shows. Nós éramos ainda uma pequena banda naquele tempo e eles podiam ter esgotado os lugares por eles mesmos. Então isso era louco para nós. Uma vez o Jay-Z deu correntes Rock-A-Fella para nós e tinha uma cerimônia da corrente e ele estava “Eu dei o do tamanho de garotas para vocês porque você iam parecer loucos com o tamanho da dos caras.” E nós ficamos “Okay, legal. Obrigado!” Nós não sabíamos o que fazer. Para responder a última pergunta logo, uma garota usando a corrente me deixa no humor, só o pensamento da corrente.


Quem seria seu convidado ideal para um jantar, vivo ou morto, e o que você serviria para ele?


Eu nunca tive a chance de conhecer o Michael Jackson e ele era uma pessoa que sempre achei que teria a chance de conhecer. Isso me deixa triste. Então eu acho que seria legal convidar o Michael Jackson. Eu sou basicamente uma criança de oito anos permanente, então eu gostaria de comer pizza. Apenas uma pizza como o Kevin McAllister de Esqueceram de Mim.


O que a sua mãe desejava que você fizesse?


Eu fui para a faculdade por 3 anos, eu acho que teve um ponto onde minha mãe queria um adesivo que disse que eu era um estudante nota A e que eu me tornasse um advogado. Mas era apenas muito estranho. Ela desovou um ser estranho. Ela foi em um show nosso no Metro em Chicago – talvez em 2003 ou 2004 – e por alguma razão nos inflamos aqueles balões gigantes em formato de pênis. Eu lembro de ter jogado um e meio que acertou meus pais no camarote. Mas aquele foi o show onde ela disse “Oh, parece que as pessoas gostam da sua banda além dos seus amigos.”


Qual a música que você gostaria que tocasse no seu funeral?


Eu quero que as pessoas bebam e sejam prósperas. Talvez “Red Red Wine” da versão do UB40. Eu só quero que as pessoas dancem e se sintam felizes. Quero ser lembrado desse jeito. Não quero que seja um dia triste.

fonte:Exclaim
Tradução:Gabriella Paiva @chorandoraios



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