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sábado, 18 de maio de 2013

Entrevista:Patrick Stump fala sobre apertar o botão de reset do Fall Out Boy



Em março, a declaração oficial (e vazamento) do retorno do Fall Out Boy quase quebrou a internet como a conhecemos. Agora a maquina dos roqueiros está subindo, com o lançamento de seu novo álbum “Save Rock And Roll” e uma extensiva nova turnê. Ryan J Downey falou com Patrick Stump sobre alguns dos eventos na história que levaram à nova convocação de uma das maiores histórias de sucesso do cenario musical.

Quais são algumas de suas mentiras favoritas que tem circulado por aí sobre a reunião?
Foi numa hora engraçada. O aniversário de 10 anos do álbum “Take This To Your Grave” tinha que ter algo com isso. Essa é uma que é hilária para mim, porque é quase certa, mas os blogueiros não tinham nem ideia do que eles estavam falando.

Vamos falar do seu blog. Aquele post foi incrível.
Olha, eu posso ser pitoresco com algumas das minhas palavras às vezes. Às vezes eu posso muito acidentalmente deixar o meu ponto mais obscuro. É eu problema que eu tenho: eu sou muito bom em falar sobre o meu ponto. O negócio é que, em nenhum momento no que eu escrevi eu estava dizendo que eu me arrependi de lançar meu disco ou que estava desapontado com as vendas do meu disco ou desapontado com a experiência de fazer um disco. O que eu estava desapontado era em ver as pessoas tendo tanto ódio de tudo; eu nem ligo se era ódio de mim. Foi a primeira vez que vieram até mim. Eu realmente vi aquilo e disse, “Uau, é assim que o mundo é? É assim que é a internet? É assim que as pessoas falam com e pensam sobre as outras? Isso é uma merda”. Primeiramente isso me machucou e depois isso me deprimiu de um jeito estranho. Tipo, “Uau, isso é entretenimento para nós”.
Tinha que ser sobre o post que eu escrevi no blog outro dia sobre a cultura do ódio. É muito desapontador que isso seja entretenimento para as pessoas. Eu acho que aquilo foi uma grande influencia na minha vida agora. Eu realmente quero dizer para não ter ódio em minhas palavras. É uma grande perda de tempo ficar tipo, “Oh, o primeiro disco do Grizzly Bear era muito melhor”. Que porra é essa? Como isso é relevante para alguém? Isso não faz a vida ir para frente de forma alguma.

Eu entrevistei bandas tentando evoluir estilisticamente que falaram sobre suas bandas favoritas que tentaram a mesma coisa.
É interessante trazê-lo também, vê isso em outras bandas, mas não vê em si mesmo. Em penso no Saves The Day – grande influencia. Não há duvidas, eu não estaria no Fall Out Boy se não fosse pelo “Through Being Cool”. É muito legal e popular entre os fãs de Saves The Day, “Through Being Cool” ou “Stay What You Are” ou talvez se você é muito legal pode falar de “Can’t Slow Down”. Mas alguma vez alguém fala de “In Reverie” ou alguma das outras coisas novas? [imita fã mal-humorado] “Bah, apenas voltem para qualquer que seja meu disco favorito!”.
Uma coisa interessante que aconteceu comigo foi com o Lifetime, outra das minhas bandas favoritas. Então meu sonho se tornou realidade: eles voltaram e eles fizeram um disco que era exatamente bom como eram os meus discos favoritos deles. Aquele disco era bom demais. Mas… ele não parecia a mesma coisa para mim. Eu fiquei, “Huh, é interessante”. Eles fizeram tudo certo. Eles fizeram tudo que todo mundo em todos os blogs falavam, que todos os jovens, que todos os fóruns reclamavam: Porque eles não fazem as coisas antigas ou escrevem algo bom como aquilo? Eu percebi que isso era eu. Você fica mais velho e você não vai se relacionar com as coisas da mesma forma; não é como as coisas acontecem. Eu não vou ter 16 anos novamente e ouvir “Jersey’s Best Dancers” pela primeira vez novamente. Isso não vai acontecer comigo. Isso foi algo grandioso para mim: informou o “Save Rock And Roll” e tudo o que eu venho fazendo desde então. Porque isso me lembra de quando Ari [Katz, vocalista do Lifetime] estava fora fazendo suas coisas muito doidas e diferentes, que era muito punk rock. Quando a Lifetime voltou e fizeram seu novo disco ele também era punk rock. Mas esses foram movimentos laterais.
Foi um grande momento para mim na forma em que eu me aproximo da música filosoficamente agora. É um insulto, para mim, ignorar as novas ideias que tenho. É um insulto ao publico. Eu não acho que a Lifetime fez isso; eu acho que eles ficaram animados em fazer algo que soava como seu trabalho antigo. O negócio é que como ouvinte você tem que aceitar que existe um novo ouvinte. Nem todos os novos discos que saem são perfeitos pra você.

É muito melhor surpreender a si mesmo e surpreender a audiência. Se vocês fazem us disco de arte, os hipsters vão rejeitar. Se vocês se repetem, as pessoas vão dispensar isso também.
E essa é a realidade: você tem que encontrar outra pista. Para nós, foi primeiramente, aceitar de uma vez por todas que nós somos uma banda de pop-rock. Quando você tira do contexto o que pop-punk significa, essa coisa muda e cresce e qualquer coisa que nós éramos chamados. Quando as pessoas quiseram nos chamar de banda emo, tinha um monte de puristas que ficaram furiosos que nós estávamos sendo chamados daquele jeito. Nós estávamos tão perplexos quanto eles. Quando nós éramos uma banda de pop-punk era a mesma história. Quando você tira essas coisas, o que é o Fall Out Boy em 2013? Nós não somos essa banda da moda e nós nem queremos ser isso. Nós não somos essa grande banda de rock. É porque eu amo o Foo Fighters que eu não quero ser o Foo Fighters. Você tem que ser você mesmo. O que é honesto para nós é que algo que vai mudar e crescer cada vez que nós lançarmos um disco.

Eu imagino que esse tempo longe um dos outros fez com que seu relacionamento com Pete ficasse mais forte. Isso está fazendo o FOB menos tenso agora? O que mudou ao evitar aqueles problemas que atrapalhavam vocês antes?
Se eu não tivesse ficado atrás do palco no Roxy e visto o The Damned Things tocar e não tivesse ficado tão impressionado, eu não acho que poderia confiar no Joe como eu confio agora. Se eu não tivesse visto o que o Pete podia fazer no Black Cards… Sim, okay, talvez o disco não tenha saido, mas eu ouvi um monte de demos. Existiram alguns momentos que me surpreenderam muito em termos do que o publico tem como percepção do Pete Wentz, ou qualquer coisa. Se isso não tivesse acontecido, eu não sei se poderia confiar nele tanto quanto confio. Eu esperaria – não há modo de saber – que eles ficassem impressionados pelo “Soul Punk”

Andy mencionou que ele gostou de ter os próximos anos da vida dele planejados novamente e que foi difícil para ele quando vocês deram um tempo. Qual é o plano geral para o resto do ano?
Uma das coisas que foram muito interessantes ao fazer esse disco é que nós não tínhamos um plano de verdade para continuar com isso. Nós só íamos esperar para que a música falasse por si própria e estar em um lugar em que nós tínhamos que lança-la. Nós esperamos por isso. O que é uma das razões pelas quais isso foi tão secreto. Eu tenho certeza que os administradores tinham alguma merda na mesa, algum plano, em algum lugar. Mas para nós quatro era o tipo de mentalidade, “se não for certo, nós não vamos mostrar. Nós estamos esperando até que a música seja a coisa que nos guie”. Dessa forma, nós tivemos algumas ideias, mas eu acho que esse é o plano. Funcionou tão bem dessa vez. Nós ficamos acostumados a ter uma agenda muito rígida; essa é uma forma muito mais fluida na qual nós sabemos que nós gostamos de tocar juntos.
Cada telefonema que nós recebemos do outro é uma surpresa doida. “Hey. E se nós fizéssemos isso?”. Todos dizem “Cacete! Isso é muito legal!”. Nós nunca realmente tivemos esse tipo de liberdade antes porque éramos muito regimentados. Eu não sei qual é o plano imediato; eu só sei que eu estou muito animado pelas coisas que estão por vir.

Seu post no blog mencionou talvez atuar, escrever. O que acontece com esses projetos agora?
Tudo está esperando. O Fall Out Boy é meu bebê. Eu amo atuar, escrever. É desagradável quando escritores amadores falar sem parar sobre essa coisa que eles estão trabalhando, então eu não vou fazer isso. Eu fico feliz quando posso fazer essas coisas, mas eu sou mais feliz quando estou no Fall Out Boy e nós estamos aproveitando isso. É o fator de decisão. Esse tipo de coisa que você não pode me manter longe de atuar.  

fonte:Altpress

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