Abrir um álbum com uma fanfarra de trompas? Reutilizar o amado refrão de “Tom’s Diner” de Suzanne Vega? Usar samples de Mötley Crüe? Oficialmente vale de tudo para o Fall Out Boy em seu sexto álbum, o maior, mais amplo, mais ousado banquete pop do grupo. Os sobreviventes do emo iniciaram sua transformação em completos onívoros em Save Rock And Roll, o disco de 2013 que marcou o fim de seu hiato de quatro anos, e eles pisaram no acelerador neste álbum seguinte, que ousadamente recebeu o nome de um álbum clássico do Grateful Dead e um romance de Bret Easton Ellis. Quando tudo se conecta – como no single “Centuries” – o Fall Out Boy é um nexo glorioso do glam rock dos anos setenta, do pop de rádio dos anos oitenta, do R&B e qualquer eletrônico dos anos noventa. Mas o disco ainda corre o risco de ser muito engraçadinho e referencial. “Uma Thurman” contém um pedaço surf da música tema de Munsters (e é chamada “Uma Thurman“), e muito do tocar mais virtuoso do guitarrista Joe Trohman e do baterista Andy Hurley está enterrado sob a estridente produção, reduzindo o que poderiam ser riffs pesados do Metallica no zumbido de fundo.
A faixa-título está demais em um balanço de DDA para fazer pontos maiores sobre a cultura americana, apesar de seu título maduro. As melhores faixas da banda ainda começam simples e chicoteiam-se em furor, como a furiosa explosão de 'disco punk' em “Novocaine“, onde o vocalista Patrick Stump brilhantemente escala sua voz mais aguda. Em 'Centuries' ele promete, “I can’t stop till the whole world knows my name.” (“Eu não posso parar até que o mundo inteiro conheça o meu nome”). Se a banda continuar neste ritmo, isso não vai demorar tanto..
Fonte:Rolling Stone
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